No quarto escuro do meu coração tenho tido tempo e talvez até muita coragem, para examinar o que tem permanecido soterrado, as lembranças mais doces, e algumas mágoas. Eu me impressiono com a minha inconstância, essa facilidade de me desapegar de certos sentimentos e impressões, de todos eles até. Pego-me formando opiniões sobre as pessoas, tendo certeza do que estou fazendo e, instantes depois, tudo se esvanece e não tenho o menor remorso, praticamente não me esforço para transformar meu mundo de juízos em outra coisa completamente diferente.
Assim é que chagas são curadas, dores são apaziguadas. O que me tem doído? Aliás, parece difícil sentir dor esses dias, com todos esses fluxos de alegrias, esses jorros de felicidade que tem sido minha vida nos últimos meses. Mas sempre haverá motivo para nos queixarmos. Dessa vez foi a frustração de um grande projeto, que era só grande mas nada tinha de muito piedoso, era ambicioso e pouco religioso, mas era com a intenção mais religiosa do mundo! Enfim, ruiu...
Mas novos caminhos estão surgindo, Difíceis, sim, caminhos complicados onde não sei onde pisar, nem como pisar, e mal sei porque estou pisando. Mas por que o 'por quê'? Ele é mesmo necessário? Preciso de todas essas razões, de toda essa fundamentação em tudo que faço, ouço, sinto, penso, cheiro, amo? Não, eu não sei se é necessário, não sei de mais nada, só sei que a estrada se abre diante de mim e eu seria muito estúpido em escolher qualquer outra no momento.
Que venha a graduação de filosofia.
No quarto escuro, outros planos são feitos, decisões tomadas, amores esquecidos, paixões nascem e olhares passados formam sentimentos sólidos. Nesse balanço, vejo mais decepção e uma grande insegurança, um medo tremendo. Vejo a esperança mais ingênua, um sonho que me volta frequentemente. Lembro de um olhar em fogo, de uma saudade que não se explica, sinto o que isso representa e estremeço. Acima de tudo, o meu quarto escuro é bem zoneado, escuro, feio, mas é o lugar mais belo, mais natural, o local de reencontro. Pra mim ele é perfeito, porque só nele as coisas fazem sentido.
No quarto escuro do meu coração, vejo um caos, turbilhões de sentimentos contraditórios, um infinito se descortinando diante de mim e as coisas ainda não fazem sentido. Por enquanto só sinto o vento bater no rosto, a estrada não está clara ainda. É perigoso viajar à noite.
Assim é que chagas são curadas, dores são apaziguadas. O que me tem doído? Aliás, parece difícil sentir dor esses dias, com todos esses fluxos de alegrias, esses jorros de felicidade que tem sido minha vida nos últimos meses. Mas sempre haverá motivo para nos queixarmos. Dessa vez foi a frustração de um grande projeto, que era só grande mas nada tinha de muito piedoso, era ambicioso e pouco religioso, mas era com a intenção mais religiosa do mundo! Enfim, ruiu...
Mas novos caminhos estão surgindo, Difíceis, sim, caminhos complicados onde não sei onde pisar, nem como pisar, e mal sei porque estou pisando. Mas por que o 'por quê'? Ele é mesmo necessário? Preciso de todas essas razões, de toda essa fundamentação em tudo que faço, ouço, sinto, penso, cheiro, amo? Não, eu não sei se é necessário, não sei de mais nada, só sei que a estrada se abre diante de mim e eu seria muito estúpido em escolher qualquer outra no momento.
Que venha a graduação de filosofia.
No quarto escuro, outros planos são feitos, decisões tomadas, amores esquecidos, paixões nascem e olhares passados formam sentimentos sólidos. Nesse balanço, vejo mais decepção e uma grande insegurança, um medo tremendo. Vejo a esperança mais ingênua, um sonho que me volta frequentemente. Lembro de um olhar em fogo, de uma saudade que não se explica, sinto o que isso representa e estremeço. Acima de tudo, o meu quarto escuro é bem zoneado, escuro, feio, mas é o lugar mais belo, mais natural, o local de reencontro. Pra mim ele é perfeito, porque só nele as coisas fazem sentido.
No quarto escuro do meu coração, vejo um caos, turbilhões de sentimentos contraditórios, um infinito se descortinando diante de mim e as coisas ainda não fazem sentido. Por enquanto só sinto o vento bater no rosto, a estrada não está clara ainda. É perigoso viajar à noite.